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terça-feira, outubro 19, 2004

Para Advogar na Roma Antiga...

... era necessário que os bacharéis em direito fizessem uma prova junto a OAR, Ordem dos Advogados de Roma, para obter a carteira de advogado e poderem roubar, digo, defender os seus clientes de acordo com a lei. Logicamente após pagar uma anuidade extorsiva.

Lá foi caio, recém formado em direito fazer a prova da OAR. Ele já havia passado da primeira fase, uma prova de múltipla escolha, e agora faria a segunda, onde cairia a redação de uma petição e cinco questões discurssivas. Dentre todas as áreas possíveis, ele escolheu Direito Penal.

Pra variar, Caio não se preparou para a prova e foi obrigado a levar um livrinho cheio de peças processuais, o que era proibido, mas no desespero vale tudo. Como diz o velho ditado: se é pra tirar zero, que pelo menos tire colando. Pelo menos assim você poderá dar uma desculpa diferente de eu estudei cinco anos e não aprendi nada. A prova era com consulta, só não podia consultar livros que contivessem peças escritas e/ou perguntas e respostas.

Um dos livros de Caio era somente de peças processuais, um outro, era de doutrina, mas continha algumas peças, este último era daqueles que tinha duas capas, uma de couro preto e outra cobrindo a primeira em papel amarelo. Muito esperto, Caio retirou a capa de papel amarelo. Começada a prova, Caio bate o olho na questão da peça e tira logo o livrinho da cola, para copiar o modelo da mesma, quando surge o fiscal - "ô meu querido, este livro aí tem peça". Caio - "Não tem não, veja!" e estendeu o livro cheio de peças, com a maior cara de pau do mundo para que o fiscal o examinasse. Fiscal - "Você não está entendendo. Eu sei que esse livro tem peças. Eu só vim aqui pra te avisar, que de repente o fiscal do andar entra aqui, te pega com ele e toma a sua prova. Então, como ele é fininho, bota dentro de outro, pra disfarçar." Caio, agradece o nobre gesto do fiscal.

Logo depois, foi uma menina do lado. Lembra do livrinho de duas capas que falei acima? Ela leou-o sem tirar a capa amarela, que o caracteriza bem. Novamente lá foi o fiscal da sala: - "Menina, esse livro tem peça". A menina imediatamente ameaça guardar o livro. O fiscal não permite e diz: - "Não precisa guardar não, basta retirar a capinha de papel, porque se o fiscal do andar entra aqui, pode tomar a sua prova." A menina agradece e faz o sugerido pelo fiscal.

Quase no fim da prova, Caio pede para ir ao banheiro e o fiscal vai junto. O fiscal praticamente implora perdão por ter-lhe chamado a atenção por causa do livro das peças. Caio diz que não tem problema, pois ele, o fiscal, estava certo e que só estava consultando o livro, por não ter tido condições de decorar as centenas de peças possíveis que poderiam cair na prova.

Caio estava com tempo de sobra, mas tinham pessoas na sala cujo tempo estava apertadíssimo. Não se importando muito com o tempo dos presentes, eis que entra na sala um velho senador romano, que já havia sido presidente da OAR e agora era o arroz de festa oficial da mesma, pois era ele que realizava todas as cerimônias e atrapalhava os bacharéis durante as provas para a OAR. Ele ficou alguns preciosos minutos contando piadas sem graça na sala e desconcentrou os presentes.

Finalmente Caio entregou a prova e foi direto para casa sem nem conversar com ninguem sobre a prova, pois como não sabia nada, não queria entrar em desespero antes do resultado final sair.

Essa história é uma obra de ficção e qualquer semelhança com a realidade terá sido mera coincidência.

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